Caro internauta, devido o carnaval, volto a falar
sobre mim. Quando tinha meus seis anos mais ou menos, na cidade de Marília-SP,
morávamos defronte à praça onde tinha feira todos os domingos. O material
mais pesado como mesas, tábuas e cavaletes, eram guardados em nosso quintal.
Como paga, os feirantes deixavam conosco a mercadoria não vendida. Minha mãe
distribuia aos vizinhos amigos, muito tomate, batata e
folhas verdes. Durante a semana, eu aproveitava o material guardado no nosso
quintal e fazia casinhas em baixo das mesas e só brincava com meninas da
minha idade. A presença feminina sempre é agradável em qualquer época da
vida. Neste carnaval, estou dando um pulo no meu passado: Eu e Jahyra nos
fantasiamos de "marido i muié" e estamos brincando de casinha.
Naquele tempo eu não a conhecia e depois de quase três decênios, fui conhecê-la,
pessoalmente. Em resumo, nossa união foi muito atrasada. Hoje,
com setenta e sete anos de vida, estou tentando tirar o atraso e eis a
razão do nosso grande amor. Como vê, estou sempre com um débito
porque, o mundo gira de leste para oeste e não dá marcha ré. Morrerei
sem tirar o atraso mas muito feliz por ter-me casado com a Jahyra.
Quando alguém tem problema, diz-se que é a cruz para carregar. Tenho
certeza, a minha é de isopor. Agradeço a Deus por tanta bondade.
Sou, realmente, um homem feliz. Abraços do w@ldem@r.
Terça - 27/02/2001